quinta-feira, 18 de junho de 2009

FARMÁCIA HOSPITALAR - RECURSOS HUMANOS

Recursos Humanos


A farmácia hospitalar requer o trabalho simultâneo de profissionais multidisciplinares, sendo que o farmacêutico no contexto seria o principal profissional. O ideal é que existam farmacêuticos suficientes para operar no hospital, alicerçados por técnicos que possam embasar as atividades que são características do processo de produção de uma farmácia hospitalar.

No Brasil, a contribuição do farmacêutico para o uso seguro e racional dos medicamentos, teve um primeiro marco, segundo Heliodoro (1994), com a implantação do primeiro serviço de farmácia clínica, em Janeiro de 1979, junto ao Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,.Mais tarde, em 1984, foi criado um Curso de Especialização em Farmácia Hospitalar para o Controle da Infecção Hospitalar, com o apoio da Central de Medicamentos e da Secretaria de Programas Especiais do MS. Atualmente este curso não existe mais.

Na década de 80 o Ministério da Saúde patrocinou cursos de especialização nessa área em vários estados como Rio Grande do Norte, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro, mas que aos poucos foram extintos em função da pouca disponibilidade de verbas .

Em 1979, no Rio de Janeiro, foi criado o Curso de Especialização em FARMÁCIA HOSPITALAR, organização conjunta da Faculdade de Farmácia e do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do RJ .

Em 1984, esse curso passou a integrar o Programa de Especialização em Farmácia, da Assessoria Especial de Ciências da Saúde, recebendo apoio da Secretaria da Educação Superior do Ministério da Educação, Em 1989 foi criado pela Universidade Federal do RJ, o Curso de Mestrado em Farmácia Hospitalar. Hoje, infelizmente, não se conta mais nem com o Curso de Especialização nem com o Curso de Mestrado em FARMÁCIA HOSPITALAR, que foi absorvido pelo mestrado em Ciências Farmacêuticas.

Em final de 1996 foi criado no Rio de Janeiro o Curso de Especialização em Farmácia Hospitalar nos moldes de residência, por meio de um convênio firmado entre o Ministério da Saúde e a Universidade Federal Fluminense, tendo sido constituída a Comissão Executiva Operacional MS/UFF através da Portaria Conjunta n° 01, de 19 de Março de 1996 formada por 04 farmacêuticos do MS e 04 farmacêuticos da UFF para acompanhar essa especialização. Fora o referido curso pode-se encontrar outros de curta duração espalhados pelas diversas regiões do Brasil.
equipe de profissionais que desenvolvem atividades na área de Farmácia Hospitalar deve receber treinamento suficiente para o cumprimento de todas as funções descritas a seguir:

Administrativas:
- Administração, seleção e orientação dos funcionários para o serviço
- Desempenho financeiro
- Registro de documentação clínica
- Política de uso de medicamentos
- Monitoramento de programa de abuso de medicamentos
- Controle de medicamentos não padronizados
- Controle de vendedores e representantes
- Controle de amostras
- Escrituração de medicamentos controlados
- Inspeção de áreas de armazenamento
- Organização de sistema racional de distribuição e controle
- Registros de manutenção de equipamentos
- Divulgação de informação sobre medicamentos
- Seleção de medicamentos
- Participação em comissões
- Monitoramento dos efeitos do regime farmacoterapêutico.
- Adequação permanente do regime farmacoterapêutico e o plano de monitoramento.

Operacionais:
- Confecção de planos de ação
- Manuais de normas e procedimentos
- Definição de formulários de fornecimentos de medicamentos
- Empacotamentos de dose unitária
- Armazenamento adequado de medicamentos
- Farmacovigilância, farmacoepidemiologia e farmacoeconomia.
- Diagramação de planos de monitoramento
- Programas de nutrição parenteral
- Coleta de informações sobre os pacientes
- Controle da distribuição dos medicamentos
- Controle de administração dos medicamentos
- Implantação do regime farmacoterapêutico.

Técnicas:
- Educação e treinamento
- Monitoramento de reações adversas e erros
- Manuseio de quimioterápicos antineoplásicos
- Avaliação de desempenho de pessoal
- Preparo de medicamentos extemporâneos e produtos estéreis
- Gerenciamento de gastos com medicamentos
- Avaliação de melhoria de qualidade
- Avaliação de monografias terapêuticas de medicamentos
- Avaliação de prescrições médicas
- Monitoramento de terapia medicamentosa
- Consulta farmacêutica
- Avaliação de uso dos medicamentos
- Assistência farmacêutica e microbiológica ao uso dos antimicrobianos
- Descrição de cargos
- Diagramação do regime farmacoterapêutico.
- Determinação de problemas relativos a terapêutica.
- Especificação de objetivos farmacoterapêuticos.
- Desenvolvimento do regime farmacoterapêutico e do plano de monitoramento
correspondente, em colaboração com o paciente e outros profissionais de saúde.

Referências
  • ASPH Guideline: Minimum Standart for Pharmacies in Hospitals. Am J health – Systpham, 1995
  •  Bases Para El Dessarrolo y Aprovechamento Sanitario De La Farmacia Hospitalaria. Bogota, Colombia: Trazo Ltda. Editorial.
  • Maia Neto, J. F., 1990. Farmácia Hospitalar. Um enfoque Sistêmico. Brasília: Thesaurus Editora.
  •  Maia Neto J.L, 2005  Farmácia Hospitalar e suas Interfaces com a Saúde , São Paulo, Rx editora
  • Ministério da Saúde. Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar, 1994. Guia Básico para Farmácia Hospitalar. Brasília: Edição pela Divisão de Editoração Técnico - Científica / Coordenação de Documentação e Informação/Secretaria de Administração Geral/ CDI/SAG/MS.
  •  Nogueira, H., 1961. Serviço de Farmácia nos Hospitais. Rio de Janeiro, RJ: Artigo publicado na Revista Brasileira de Farmácia n°3/4, março/abril de 1961.

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