quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

FARMÁCIA COMO CLÍNICA PARTE 2

FARMÁCIA COMO CLÍNICA PARTE 2


Denise de Oliveira Kühner
Farmacêutica especialista em Farmácia Hospitalar.
Pós-graduada pela Universidade Veiga de Almeida - RJ

7-  SIGILO DAS INFORMAÇÕES NO ATENDIMENTO AOS PACIENTES

Os pacientes devem ter o direito ao acesso e revisão de seus próprios prontuários e a habilidade para corrigir
quaisquer erros nesses registros. Devem ter o direito de saber quem tem aceso a seus prontuários e de autorizar o uso dessas informações médicas. Os farmacêuticos também devem ter acesso aos prontuários, para garantir a qualidade do atendimento e o uso seguro dos medicamentos. No acesso aos prontuários dos pacientes, o farmacêutico assume a responsabilidade de salvaguardar os direitos dos pacientes em relação à privacidade e sigilo.

Os farmacêuticos devem participar extensivamente na triagem clínica dos medicamentos, e os resultados dessa triagem devem ser gravados e armazenados, de modo a preservar a privacidade e o sigilo. Os programas de
residência farmacêutica e os outros programas de treinamento devem implementar as normas e procedimentos para garantir os sigilos dos registros médicos, enquanto os residentes de farmácia e os estudantes obtiverem acesso a estas informações no curso de seus treinamentos. Os sistemas de saúde devem possuir por escrito normas e procedimentos para proteção contra coleção, uso ou divulgação das informações sem autorização.

8 - RELAÇÕES COM OS ENFERMEIROS

A organização administrativa e o controle dos estoques requerem grande atividade do farmacêutico e muita dedicação e esmero por parte dos enfermeiros, para que a dispensação e administração tenham total garantia de segurança. Se o farmacêutico aplica os seus conhecimentos e assume as suas responsabilidades, o enfermeiro passa a contar com um forte aliado, o que favorece a segura administração dos medicamentos.

9 - RELAÇÕES COM OS MÉDICOS

O relacionamento farmacêutico com os médicos depende diretamente da formação, do estilo, da especialidade e do envolvimento deles com os objetivos gerais do hospital em questão. É necessário assumir uma posição de diálogo, para garantir a participação decisiva na seleção e prescrição de medicamentos.

Toda especialidade médica possui restrições sobre os conhecimentos de farmacoterapia e os conhecimentos sobre a diversidade de medicamentos disponíveis na atualidade, criando oportunidade para o farmacêutico, a partir destas circunstâncias, estabelecer o tipo de relação e os acordos de cooperação mútua.

10 -  RELAÇÕES COM OS GESTORES DO HOSPITAL

Os medicamentos representam alto grau de custo no orçamento hospitalar e é importante o papel do farmacêutico para influenciar na minimização de custos. Devemos poder provar que o medicamento de preço mais alto não implica necessariamente um custo de tratamento mais caro. O que deve ser estimada é a conta hospitalar final, em relação ao tempo de internação.

11 - ORIENTAÇÃO PARA A SOCIEDADE

Em qualquer empresa de prestação de serviços é fundamental o comportamento e a atuação dos profissionais na organização, a fim de passar uma imagem de solidez e qualidade, através da validação dos processos. A otimização do serviço não depende de grandes equipamentos ou de quantidade de pessoal, mas sim de um estudo sobre a forma mais simples e eficiente de se ter melhor qualidade.

12 - ÍNDICES DE EFICIÊNCIA DO SERVIÇO

Para identificação dos benefícios dos serviços clínicos prestados, é necessário coletar informações sobre alguns parâmetros, como: a identificação de áreas-problema; a avaliação de consumo dos medicamentos dispensados; o cálculo do custo-benefício dos medicamentos; o estabelecimento de critérios para avaliar os benefícios de todos os fármacos (redução do tempo de internação, redução do custo por mês); a implantação de um plano específico para estabelecer o custo terapêutico; a divulgação, na equipe médica, dos custos das terapias, através de informativos utilizados como ferramentas educativas; a computação das visitas médicas; das visitas da farmácia para orientação; a implantação de vias de comunicação informal com a equipe médica e o agendamento das reuniões com a farmácia.

Os serviços farmacêuticos clínicos podem ser medidos pelo número de consultas aos pacientes, número de revisões aos prontuários, número de vezes que o farmacêutico fornece informações sobre medicamentos aos médicos e enfermeiros, número de vezes em que o farmacêutico participa das visitas médicas, número de conferências e leituras apresentadas, número de consultas farmacocinéticas, número de pesquisas à literatura com respostas escritas, número de pesquisas à literatura com respostas orais, número de avaliações sobre o uso de medicamentos, número de consultas sobre suporte nutricional, número de programas desenvolvidos no serviço, número de informações sobre medicamentos a centros de consulta e o número de trabalhos apresentado.

Estes registros dão ao farmacêutico os indicadores do trabalho do serviço clínico, em relação ao número de unidades/paciente/dia; ao número de unidades/admissão e ao número de horas de trabalho do pessoal envolvido.

13 -. PAPEL DO FARMACÊUTICO-CLÍNICO

O farmacêutico hospitalar, como integrante de um serviço geral clínico, tem muito mais necessidade de conhecer e de se fazer conhecer, para melhor realizar o seu trabalho. Os passos iniciais do profissional na instituição podem ser a criação de um centro de informações sobre medicamentos ou a publicação sobre algum produto recém-padronizado (em um jornal do Serviço, por exemplo), a participação do Serviço de Farmácia nos ensaios clínicos sobre algum medicamento, a sugestão sobre alternativas de tratamento, os estudos sobre biodisponibilidade e cinética dos medicamentos no homem, a divulgação de informação objetiva sobre os efeitos clínicos dos medicamentos, a melhora da distribuição hospitalar dos medicamentos, o acompanhamento individualizado aos pacientes e a promoção de estudos de farmacovigilância.

Estas atividades devem ser perseguidas por um número cada vez maior de profissionais farmacêuticos. Na nutrição parenteral, por exemplo, se o farmacêutico não se limitar a manipular as soluções e participar como clínico nesse campo, logo irá perceber que seu prestígio cresce dentro de seu ambiente de atuação e que ele será valorizado como profissional.

É tão absurdo dizer que o farmacêutico deve monopolizar tudo que se refere a medicamento e considerá-lo o único técnico especialista em medicamentos, quanto afirmar categoricamente que, se ele colaborar na avaliação dos efeitos farmacológicos, no estudo de novas indicações ou na detecção de reações adversas, está cometendo ato de intrusão profissional.

14 - O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA ATENÇÃO AO PACIENTE

O “atendimento concentrado no paciente” é um termo recente, empregado para definição de um trabalho multidisciplinar e específico, visando melhoria da assistência ao paciente e sua satisfação, enquanto maximiza a eficiência e a redução de custos. Este trabalho multidisciplinar tem o objetivo de redirecionar as atenções, visto que as funções hospitalares tem sido tradicionalmente direcionadas às clínicas, visando otimizar a eficiência das unidades de tratamento. No entanto, o enfoque nestes departamentos gera processos logísticos complexos, que criam frequentemente problemas de comunicação, atraso no atendimento ao paciente, desperdício de tempo de alguns profissionais e interação de numerosos funcionários com o paciente.

O atendimento concentrado no paciente reorienta as funções pelo uso de várias técnicas, como:

(1) planejamento do trabalho para eliminar etapas e documentações desnecessárias,
(2) restruturação organizacional, incluindo descentralização de atendimento a grande número de pacientes.
(3) formação de equipes interdisciplinares de trabalho, para atendimento ao paciente.
(4) utilização cruzada dos profissionais, para minimizar o número de especialistas tendo contato desnecessário com um único paciente.
(5) gerenciamento das patologias, utilizando planos multidisciplinares de atendimento clínico.

Segundo a Associação Americana de Farmacêuticos Hospitalares (ASHP), o conceito do atendimento concentrado no paciente é eficiente quando é planejado e implementado com envolvimento farmacêutico, pois promove a atenção farmacêutica e é motivado para a melhoria do atendimento ao paciente.

Os objetivos do atendimento variam com a instituição e devem ser compatíveis com a disponibilidade de assistência farmacêutica. A eliminação de documentação e do tempo ocioso, assim como a descentralização dos serviços deve ajudar a superar os maiores obstáculos da atenção farmacêutica, incluindo o acesso ao paciente, o acesso a informações clínicas específicas do paciente e o acesso a outros profissionais de saúde.

O atendimento concentrado no paciente também pode ser desfavorável para a farmácia, porque o controle de custos e a redução de profissionais são, às vezes, as iniciativas primárias da sua implantação. No plano mais negativo, as organizações podem ser forçadas a reduzir drasticamente as suas equipes, redistribuir e treinar os profissionais, ao ponto de desviar talentos valiosos e diminuir serviços profissionais importantes.

Os farmacêuticos que tenham estabelecido algum sucesso no estabelecimento da assistência farmacêutica, antes da implantação do atendimento centralizado, estão melhor posicionados para garantir seu envolvimento pleno
no planejamento desses projetos. Algumas idéias sobre a participação dos farmacêuticos nos planos de assistência centralizada são o planejamento de expandir a capacidade dos membros da farmácia em fornecer o atendimento; favorecer a aderência do farmacêutico aos padrões estabelecidos na prática profissional, prevenir os infortuitos medicamentosos e cumprir as responsabilidades legais.

Os membros da equipe de assistência devem estar comprometidos com o conceito de atendimento interdisciplinar e devem estar orientados para participar do trabalho em equipe. Devem ser envolvidos nos planos de atendimento clínico que englobem utilização dos medicamentos, para que possam exercer a prevenção, detecção e resolução de problemas relacionados aos medicamentos, função de extrema prioridade.

Deve haver documentação das regras e dúvidas, para fornecer subsídios ao estabelecimento de normas e procedimentos. Se forem usados profissionais estranhos à farmácia para executar funções tradicionalmente destinadas a estes profissionais as mesmas devem ser realizadas sempre sob supervisão de farmacêuticos, sem comprometer a segurança do paciente ou violar as Leis e Regulamentos.

No atendimento centralizado, traçar exceções é, às vezes, proposto como medida de simplificação de trabalho. Deve ser feita uma média dos arquivos médicos dos pacientes, na qual se assume que todas as medicações prescritas tenham sido administradas, de acordo com as prescrições, a menos que haja notificação contrária. Tal procedimento, no entanto, torna questionável a segurança desses procedimentos, para que este sistema seja aceitável.

A reengenharia da organização associada ao atendimento centralizado deve ser aplicada em diferentes níveis da organização, primariamente ao nível dos cuidados diretos com o paciente, resultando na formação de diferentes equipes multidisciplinares. Em alguns casos, é aplicada em toda a organização. Em casos extremos, em alguns departamentos. O farmacêutico membro do planejamento deve considerar quais funções da farmácia devem funcionar melhor em base centralizada ou não.

15 -ATENÇÃO FARMACÊUTICA

Na Atenção Farmacêutica, a “unidade” de assistência é o relacionamento profissional direto de um farmacêutico com um paciente, onde o farmacêutico fornece as orientações diretamente para o paciente e em benefício do paciente. O farmacêutico coopera diretamente com os outros profissionais no planejamento, implementação e monitoramento do plano terapêutico e contribui com os seus conhecimentos e habilidades, para garantir o melhor efeito do uso dos medicamentos, com a intenção de potencializar a qualidade de vida do paciente.

O primeiro a publicar o uso do termo “Atenção Farmacêutica” foi Brodie, vinculando-o ao controle do uso de medicamentos e serviços relacionados às terapias. Este termo, amplamente usado como um conceito, foi descrito e discutido na profissão farmacêutica, especialmente após a publicação dos trabalhos de Hepler e Strand em 1990.

A idéia de que os farmacêuticos devem comprometer-se com o alcance dos resultados estabelecidos para cada paciente é um elemento especialmente importante no conceito de Atenção Farmacêutica. A provisão da Atenção Farmacêutica representa o amadurecimento da farmácia como uma profissão clínica e é uma evolução natural das atividades maduras da farmácia clínica.

A Atenção Farmacêutica é fundamental para a proposta da profissão em ajudar as pessoas a fazer o melhor uso dos medicamentos. A Atenção Farmacêutica não deve se limitar ao atendimento dos pacientes internados, externos ou a comunidades locais, nem mesmo a farmacêuticos com certas graduações, certificados de especialização ou residências.

Não é assunto de credenciais formais ou locais de trabalho. É um assunto que diz respeito ao relacionamento direto, pessoal, profissional e responsável com um paciente, para garantir o melhor uso do medicamento pelo paciente. Concebida enquanto uma proposta para a prática de farmácia, no processo de uso do medicamento, exige dos farmacêuticos o trabalho para garantir que a continuidade da assistência seja mantida, quando o paciente se transfere de uma clínica para outra, ou mesmo de hospital.

A Atenção Farmacêutica envolve não só a terapia medicamentosa (provisão do medicamento), mas também o monitoramento da terapia, a informação e orientação relacionadas ao medicamento, para cada paciente. O objetivo da Atenção Farmacêutica é a “perseguição” de resultados terapêuticos pré-definidos, como a cura de uma patologia, a eliminação ou redução de uma sintomatologia, a suspensão ou lentificação de um processo patológico e a prevenção de uma doença ou sintomatologia.

Para este trabalho são necessários a identificação dos problemas potenciais e atuais relacionados aos medicamentos, a solução dos problemas atuais e a prevenção de problemas potenciais.

O problema relacionado ao medicamento interfere diretamente na eficiência do resultado em um paciente específico, identificado nas avaliações da assistência, quando se observa:

Ø  › Indicações não tratadas - O paciente tem um problema médico que requer terapia medicamentosa, mas não a está recebendo.

Ø  › Seleção imprópria do medicamento - O paciente tem indicação da medicação, mas está tomando a medicação errada.

Ø  › Dosagem subterapêutica - O paciente tem um problema médico tratado com dose inferior a correta para aquela medicação.

Ø  › Falha no recebimento da medicação - O paciente tem um problema médico resultante da falta de recebimento de um medicamento (por razões farmacêuticas, psicológicas, sociais ou econômicas).

Ø  › Super dosagem - O paciente tem um problema médico tratado com dose superior à correta (toxicidade).

Ø  › Reações adversas - O paciente tem um problema resultante de uma reação adversa ao medicamento ou efeito adverso.

Ø  › Interações medicamentosas - O paciente tem um problema médico de interação entre medicamento, medicamento alimento, ou medicamento testes de laboratório.

Ø  › Medicamento administrado sem indicação - o paciente está praticando auto-medicação ou está tomando medicação não prescrita.


Os pacientes podem não obedecer aos regimes de medicação prescritos, ou pode haver respostas biológicas imprevisíveis em relação aos pacientes. O sistema de uso de medicamentos deve ser planejado para permitir a prestação da Atenção Farmacêutica por cada profissional. Nas instituições organizadas, a Atenção Farmacêutica é prestada com maior êxito, quando é parte integrante da missão central da farmácia e quando a atividade de gerenciamento está direcionada para facilitar, para cada profissional, a prestação deste serviço.

No entanto, os farmacêuticos que prestam Atenção Farmacêutica em empresas organizadas não podem fazê-lo sozinhos. É incumbência do farmacêutico trabalhar e desenvolver sistemas e práticas que atendam apropriadamente todas as atividades e as necessidades dos pacientes.

Porém, alguns pacientes irão requerer diferentes níveis de assistência e recomenda-se estruturar o sistema de trabalho, enfocando especial atenção a essas diferenças.

Os conceitos e a implantação da atenção farmacêutica não diminuem as responsabilidades e o envolvimento de outros profissionais de saúde, nem implicam em qualquer usurpação da autoridade pelo farmacêutico. A ação do farmacêutico na assistência farmacêutica deve ser conduzida e vista como colaborativa. No entanto, o conhecimento, habilidade e tradição dos farmacêuticos podem legitimá-lo a liderar a equipe de saúde.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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18) ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. “Promoción Del Uso Racional de Medicamentos: componentes centrales”. Septiembre 2002


19) BRASIL - MINISTÉRIO DA SAÚDE - CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE resolução nº 338, de 6 de maio de 2004 – Política Nacional de Assistência Farmacêutica 

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