terça-feira, 22 de junho de 2010

FARMÁCIA HOSPITALAR - AVALIAÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE EM FARMÁCIA HOSPITALAR

FARMÁCIA HOSPITALAR - AVALIAÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE EM FARMÁCIA HOSPITALAR


A farmácia hospitalar deve verificar as especificações técnicas estabelecidas para os produtos que foram adquiridos, confrontando o resultado encontrado com as solicitações de compras efetuadas, bem como prazos de validade, nºde lotes, além de supervisionar continuamente o armazenamento dos produtos estocados e a sua distribuição e emprego.

Deve estabelecer controles para detectar falhas terapêuticas e eficácia duvidosa e, no caso de possuir laboratório para manipulação, manter controle das matérias primas e dos produtos acabados.

Qualidade é uma palavra de domínio público, trabalhado dentro dos amplos limites daquilo que se considera senso comum. Afinal, mesmo se poucos sabem o que o termo significa, todo mundo sabe reconhecê-la quando está diante dela ou todo mundo sabe quando ela está ausente de determinado produto ou serviço.

No Brasil dos anos 90, é necessário algum grau de otimismo para que se possa aceitar o conceito de consumidor quando se fala de saúde, principalmente na área de assistência médico-hospitalar. Embora o acesso universal esteja entre os preceitos constitucionais, este é muito mais um anseio que uma realidade. Assim, para a maioria da população, o consumo em saúde precisaria primeiro existir, para depois ser qualificado. No entanto, isto certamente não invalida a busca da qualidade na área (Malik,1992).

A organização de uma farmácia e o funcionamento dos serviços farmacêuticos de uma unidade de saúde pertencente a uma instituição que presta atendimento a pacientes ambulatoriais e internados, pode se conhecer através de entrevistas com os profissionais, com o pessoal que trabalha na unidade e com os próprios pacientes (OPAS,1992).

Continuando a OPAS (1992), relata que desta forma se obtém uma imagem subjetiva que corresponde à percepção que cada entrevistado tenha sobre o abastecimento da farmácia em relação a medicamentos, a disponibilidade para adquiri-los e sobre o serviço farmacêutico que se presta na unidade. Para se obter um conhecimento mais objetivo do tema é preciso realizar as seguintes atividades:
  • Identificar na organização da farmácia as funções principais que realiza no conjunto da organização da instituição;
  • Registrar as atividades que os profissionais (médicos, enfermeiros, farmacêuticos, administradores, auxiliares) realizam em torno do medicamento na instituição, não se limitando apenas no serviço de farmácia;
  • Quantificar as atividades de produção, relacionadas à saúde, que são influenciadas pelo gasto com medicamentos;
  • Quantificar a produção da farmácia e sua relação com as atividades de saúde;
  • Entrevistar os pacientes ambulatoriais e o pessoal ligado à atenção direta ao paciente: médicos, residentes de medicina, enfermeiras, auxiliares de enfermagem.
Com esta informação, se obter um perfil da FARMÁCIA HOSPITALAR e dos serviços farmacêuticos, permitindo identificar as áreas críticas que impedem ou dificultam o uso racional de medicamentos. Assim se facilita a identificação das causas imediatas que criam a maior parte dos problemas relacionados com o medicamento. A partir da análise desse perfil, se pode propor um modelo de organização e funcionamento dirigido ao uso racional de medicamentos, apontando os serviços farmacêuticos que requerem reorientação imediata e as áreas da farmácia que devem reestruturar-se.

Se a farmácia hospitalar manipular ou desenvolver quaisquer atividades relacionada a manipulação de medicamentos deve seguir a legislação em vigor da ANVISA.

Referências
  • ASHP. Guidelines of Single Packages of Drug. American Journal Hospital Pharmacy. Washigton. 28:110-12. Feb. 1971.
  • Harrisson, B.R. Developing guidelines for working. American journal Hospital Pharmacy v. 38 p 1686-1693, nov. 1981
  •  Hepler, C.D. & Strand, L.M. (1990). Opportunities and responsabilities in pharmaceutical care. A m j Hosp. Pharm 47: 533-543.
  • Ministério da Saúde. Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar, 1994. Guia Básico para Farmácia Hospitalar. Brasília: Edição pela Divisão de Editoração Técnico - Científica / Coordenação de Documentação e Informação/Secretaria de Administração Geral/ CDI/SAG/MS.
  •  Maia Neto, J. F., 1990. Farmácia Hospitalar. Um enfoque Sistêmico. Brasília: Thesaurus Editora.
  •  Maia Neto J.L, 2005  Farmácia Hospitalar e suas Interfaces com a Saúde , São Paulo, Rx editora
  •  Nogueira, H., 1961. Serviço de Farmácia nos Hospitais. Rio de Janeiro, RJ: Artigo publicado na Revista Brasileira de Farmácia n°3/4, março/abril de 1961.
  •  Roark, M., 1993. Slowing rate of cost increase in the Pharmacy, Hospitals 67(2): 56.
  •  Ryan, B. A, 1993. The rising cost of Fharmaceuticals: An Industry observer’s perspective. Am. J. Hosp. Farm. 50, suppl 4: 53 - 54.
  •  SBRAFH, 1996/1997. Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar, 1996/1997. Padrões Mínimos para Unidades de Farmácia Hospitalar. Belo Horizonte, 1997
  •  Sociedad Española de Farmacia Hospitalaria, 1990. Criterios y Estandares de Practica para Servicios de Farmacia Hospitalaria. Madrid, España: Edita y Distribuye: Consejo General de Colegios Oficiales de Farmacéuticos.
  •  Wilken, P.R.C. & Bermudez, J.A.Z (1999). A Farmácia no Hospital. Como avaliar ?. Rio de Janeiro: Editora Ágora da Ilha.
Exemplo de Procedimentos de Controle de Qualidade







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