sábado, 8 de março de 2014

ANTI-INFECTANTES ANTIBACTERIANOS - AMINOGLICOSÍDEOS

ANTI-INFECTANTES
ANTIBACTERIANOS - AMINOGLICOSÍDEOS


MARIA INÊS DE TOLEDO E SIMONE SENA FARINA

Aminoglicosídeos são antimicrobianos usados principalmente no tratamento de pacientes com infecções graves causadas por bactérias gram-negativas aeróbias. São ineficazes contra anaeróbios. Os principais representantes de uso corrente são gentamicina, amicacina, estreptomicina e tobramicina.

São bactericidas e todos tem eficácia semelhante. Com o desenvolvimento de antimicrobianos menos tóxicos, o uso de aminoglicosídeos tem sido contestado.

No entanto, por terem comprovada eficácia, raro desenvolvimento de resistência bacteriana, pequeno risco de alergias e baixo custo, continuam sendo largamente utilizados, especialmente no tratamento de pacientes internados com infecções graves.

Em razão de ototoxicidade e nefrotoxicidade, as doses desses antimicrobianos devem ser muito bem definidas, e seus possíveis efeitos tóxicos em potencia devem ter monitoria durante todo o tratamento.

AMICACINA


A amicacina é um fármaco antibiótico da classe dos aminoglicosídeos.
Tem maior atuação sobre bactérias gram-negativase é bactericida. Pode produzir oto e nefroxidade.
Quimicamente, é um derivado semissintético da canamicina.
E mais resistente as enzimas responsáveis pela inativação de aminoglicosídeos, tendo por isso atividade contra cepas de enterobacteriaceas
e Pseudomonas resistentes a outros membros do grupo.

Para preservar a susceptibilidade bacteriana, o uso deve ser restrito para tratamento de infecções por microrganismos resistentes a gentamicina.

ESTREPTOMICINA


A estreptomicina foi o primeiro agente específico efetivo no tratamento da tuberculose.
Foi também uns dos primeiros aminoglicosídeos descobertos.
É um antibiótico bactericida de pequeno espectro.
Foi descoberta pela equipe liderada pelo bioquímico norte-americano Selman Abraham Waksman, 19 de outubro de 1943, a partir daactinobacteria Streptomyces griseus, revelando-se um antibiótico relativamente inócuo para o homem, com excelentes resultados na luta contra a tuberculose quando combinado com a quimioterapia.
A sua descoberta valeu a Waksman o Prêmio Nobel de Medicina, em 1952.

GENTAMICINA


A gentamicina é um antibiótico da classe dos aminoglicosídeos, produzido por um actinomiceto, a Micromonospora purpurea.
Foi estudado inicialmente por Welstein em 1963 e purificado por Rosselot em 1964.
É pouco absorvida quando administrada por via oral, e sua meia-vida é de 1,5 a 4 horas.
Seu mecanismo de ação consiste na inibição da síntese proteica.
30% do fármaco ligam-se a proteínas plasmáticas.
É excretada pelos rins, por meio de filtração glomerular, e encontra-se na urina em forma ativa.

Juntamente com a benzilpenicilina é indicada contra endocardite.

O fármaco sulfato de gentamicina não é administrado em casos de miastenia grave, Doença de Parkinson e alergias aos aminoglicosídeos.

E o protótipo do grupo. E usada no tratamento de infecções graves, causadas por bacilos gram-negativos aeróbios, incluindo Pseudomonas aeruginosa.

E empregada em infecções sistêmicas graves, em associação com betalactâmicos e vancomicina, pois estes fármacos aumentam a penetração intracelular da gentamicina, resultando na ampliação do espectro contra bactérias gram-positivas aeróbias e bactérias anaeróbias, e da eficácia do aminoglicosideo1

TOBRAMICINA.


Tobramicina é um fármaco antibiótico aminoglicosídeo, usado no tratamento de vários tipos de infecções bacterianas, sobretudo as causadas por agentes gram-negativos. É muito utilizado em conjuntivites bacterianas.
A ação da tobramicina realiza-se contra estes microorganismos: Staphylococcus, inclusive S. aureus e S. epidermidis(coagulase positivos e coagulase negativos), incluindo cepas resistentes à penicilina. Streptococci, inclusive algumas espécies do grupo A beta-hemolítico, algumas espécies não hemolíticas e algumas cepas de Streptococcus pneumoniae.Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Enterobacter aerogenes, Proteus mirabilis, Morganella morganii, maioria das cepas de Proteus vulgaris, Haemophilus influenzae e H. aegyptius, Moraxella lacunata, Acinetobacter calcoaceticus e algumas espécies de Neisseria.
  
REFERÊNCIAS

1. REESE, R. E.; BETTS, R. F. Antibiotic uses. In: BETTS, R. F.; CHAPMAN, S. W.; PENN, R. L. (Eds.). Reese and Betts´a pratical approach to infectious diseases. 5. ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2003. p. 969-1153.

2. MACHADO, A. R. L. Aminoglicosideos. In: FUCHS, F. D.; WANNMACHER, L.; FERREIRA, M. B. C. (Eds.). Farmacologia clínica: fundamentos da terapêutica racional. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 377-381.

3. BRITISH MEDICAL ASSOCIATION AND ROYAL PHARMACEUTICAL SOCIETY OF GREAT BRITAIN. British national formulary. 57. ed. London: BMJ Publishing Group and APS Publishing, 2009.

4. BRASIL. Ministerio da Saude. Secretaria de Ciencia, Tecnologia e Insumos Estrategicos. Departamento de Assistencia Farmaceutica e Insumos Estrategicos.Relação nacional de medicamentos essenciais: Rename. 7. ed. Brasilia: Ministerio da Saude, 2010.



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