quarta-feira, 6 de março de 2013

PROTOZOOSES : LEISHIMANIOSE VISCERAL - CALAZAR

PROTOZOOSES  : - LEISHIMANIOSE VISCERAL - CALAZAR






 - LEISHIMANIOSE VISCERAL CALAZAR

É uma zoonose(doença de animais) características de canídeos e roedores, típica das áreas tropicais. A doença é transmitida ao homem pelas fêmeas dos mosquitos do g6enero Phlobotomus. É uma doença própria da zona rural, que se não for tratada pode evoluir e chegar ao óbito. O nome da doença Leishmaniose visceral deve-se ao quadro clínico ser da pele e mucosas. As transformações e agressão ao meio ambiente, condições precárias de habitação e do saneamento, estão contribuindo para a expansão da doença.

Agente etiológico:

Protozoário da família Trypanosomatidae; do gênero leishmania; espécie donovani. As leishmaniose são parasitas intracelulares obrigatórios, que se reproduz dentro do sistema fagocítico dos mamíferos.

Fisiopatologia

Após a picada do flebótomo infectado, as leishmanias penetram na derme sob a forma promastigota, depois invadem a corrente sangüínea transformando-se em amastigota no interior da célula do sistema fagocítico monocitário (SFM) – macrófagos e monócitos – onde deveriam ser destruídos, mas por um processo ainda não conhecido por amastigota invade e multiplica-se no macrófago que deveria elimina-lo parasitando-o. As células parasitadas se rompem liberando os protozoários que são fagocitados pelos macrófagos, fechando assim o ciclo.

Incidência

Ø  Tem maior incidência nos meses de julho a setembro após as chuvas.
Ø  Ocorre mais na população adulta masculina, mas no brasil está ocorrendo mais na população infantil.
Ø  Ocorre mias em caráter endêmico.
Ø  90% dos casos são encontrados na zona rural.
Ø  No Brasil ocorre mais em áreas de várzeas ao lado dos leitos dos rios.

Fonte de infecção

Homem e o cão são os mais comuns no Brasil, e em alguns casos os carrapatos também são fontes de infecção. Os insetos contamina-se sugando o sangue ou ingerindo parasitas presentes na pele de pessoas ou animais infectados

Reservatórios

Cão, o gato e o próprio homem infectado. O cão é o principal reservatório no Brasil e a raposa é o único reservatório silvestre conhecido no Brasil.
Período de Incubação

Em média de dois a quatro meses, mas foram contatados períodos mais longos (30 meses) ou períodos mais curtos como 10 dias podem ocorrer.

Transmissão

Através da picada de lebótomos fêmeas.
O homem contaminado também pode transmitir a doença para os mosquitos não infectados quando é picado.
É possível também a transmissão congênita, por contato sexual ou por transfusão de sangue.

Tipos

Indiano ou clássico calazar.
Mediterrâneo ou calazar infantil.
Neotropical ou calazar americano.
Sul da URSS.
Sudanês ou calazar Sudanês.

Sinais Sintomas

Os sintomas aparecem subitamente ou gradualmente, Conforme a evolução da doença, fazendo com que o paciente procure o médico quando a doença já esta numa fase mais adiantada e mais complicada:


Ø  Período prodrômico: Febre regular, tosse seca, diarréia, sudorese, sonolência, perda de peso, palidez, prostração e aumento do volume do fígado e baço. Obs: em alguns casos esses sintomas persistem em media de 3 a 6 meses, sem necessidade de tratamento específico esses processo chamados de infecções subclínicas ou oligossintomáticos.

Ø  Período Clássico: Micropoliadenia, alopecia, adinamia, epistaxe, gengivorragias, mialgia, palidez, taquicardia, edema, aumento do volume do fígado e baço, pele ressecada, apatia ou agitação, anemia, tosse e alterações do aparelho digestivo.

Ø  Casos Graves: edema no MMSS e MMII, palidez acentuada cílios alongados, deambulação vagarosa, diarréia, alopecia, ascite, anemia grave, emagrecimento e abdome protuso e volumoso por causa do acentuado quadro da hepatoesplenomegalia.

Ø  Casos Gravíssimos: Anemia intensa, dispnéia, sopro cistólico e insuficiência cardíaca, pneumonia intersticial, hipoalbuminemia, emagrecimento caquético, hepatoesplenomegalia, gigante e indolor, linfadenomegalia generalizada e hemorragias intensas que pode levar o paciente ao óbito.

Diagnostico

Ø  Anamnese
Ø  Exame físico, clinico e laboratoriais
Ø  Teste de Montenegro e Elisa
Ø  Reação de Napier ou formol gel
Ø  Função da medula óssea para aspiração do lcr


Tratamento

Ø  A base de derivados de antinomias pentavalentes.
Ø  Medicamentos antifúngicos orais também estão sendo testados atualmente.
Ø  Hospitalização imediata, depois da alta hospitalar o paciente deve ser aconchando pelo menos por 12 meses para não haver recaídas. Obs: As causas de óbito de mais freqüência são broncopneumonia, septicemia, gastroenterite, caquexia, hemorragias agudas e coagulopatias pós-transfusionais.

Profilaxia

Ø  Medidas sanitárias
Ø  Notificação compulsória as autoridades sanitárias
Ø  Eliminação dos cães doentes e dos roedores.
Ø  Pesquisas de cães infectados por leishmania donovani.
Ø  Pulverizar com inseticidas DDT as zona endêmicas.
Ø  Controle de vetores e cães vadios.
Ø  Vacinas anti-leishmaniose estão em fase de desenvolvimento.
Ø  É campanha de prevenção e educação sanitária.

Medidas Gerais: Colocar tela nas janelas, portas, uso de repelente e mosquiteiros em regiões endêmicas


É uma zoonose(doença de animais) não contagiosa características de roedores silvestres e desdentados que pode ser transmitida ao homem pela picada dos mosquitos. É uma doença de evolução crônica caracterizada por uma duração muito longa com lesões ulcerativas de pele, cartilagem e mucosa. Atinge principalmente homens que entram em contato com áreas devastadas de matas e florestas para a construção de estradas, hidrelétricas, desmatamentos para plantações em fazendas, caçadores em áreas florestais, garimpeiros, seringueiros etc.

É uma doença conhecida pelos seguintes nomes:

Ø  Leishimaniose cutâneo-mucosa
Ø  Espúndia
Ø  Ferida brava
Ø  Úlcera de Bauru
Ø  Leish
Ø  Nariz de tapir

Agente etiológico:

Protozoário do gênero leishimania, que no Brasil encontra-se as seguintes espécies:

Ø  Leishimania brasiliensis- é a forma mais grave da moléstia que acontece com maior freqüência as mucosas.

Ø  Leishimania guyanesis- causa lesões cutâneas múltiplas em pessoas que tem contato com florestas.

Incidência:

Ø  É mais freqüente em adulto do sexo masculino.
Ø  A incidência da doença esta relacionada a quantidade de vetores.
Ø  Ocorre mais durante as estações quentes após as chuvas de verão.
Ø  Ocorre mais em zonas florestais devido ao desmatamento
Ø  As populações rurais das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste são as que tem mais casos da doença.

Fonte de infecção:  

Animais domésticos infectados pelas leishmania.

Reservatórios:

Ø  Primário- animais silvestres que têm as leishimanias no corpo e convivem com os mosquitos. Ex: roedores selvagens, raposas, gambá etc.

Ø  Secundário- são animais domésticos. Ex: cão, ratos domésticos, eqüino, muares.

Hospedeiro:

Ø  Definitivos- os mamíferos silvestres.
Ø  Intermediários- os insetos hematófagos da subfamília Phlebotominae.
Ø  Acidental- considerado o homem.  

Período de incubação:

Em média de 10 dias a 3 meses.

Evolução:

O mosquito ao picar um animal infectado com o protozoário que transmite a doença, fornece em seu intestino um ambiente para o desenvolvimento da leishimania. Quando pica o homem ou outro animal, o mosquito inocula o parasita, e esses se multiplicam no local da picada originando uma lesão cutânea com um aspecto pápuloeritematoso, ulcerado, consistente, elevada e aumentando gradualmente chegando a atingir 10cm de diâmetro com as bordas bem elevadas e uma base granulosa que sangra facilmente. Em alguns casos ocorre  uma regressão espontânea, mas na maioria dos casos ocorre um período de latência de vários meses de duração até surgir as lesões cutâneas e mucosas características das doenças. 

Transmissão:

É transmitida pela picada de um inseto flobotomineo(mosquito) infectado.

Formas clínicas:

Forma cutânea, mucosa, cutânea-mucosa, difusa ou hansenóide(rara).

Sinais e sintomas:

Febre irregular por longo período, palidez e emagrecimento.

Diagnóstico:

Exame físico, clínico e laboratoriais, biópsia, testes de Montenegro, Elisa, sorológicos.

Tratamento:

A base de sulfas e fungicidas e drogas derivadas de antimonias pentavalentes.
Nas lesões extensas da orofaringe e faringe é indicado os corticósteroides injetáveis.
Cirurgias plásticas reparadora nas lesões faciais.

É uma doença que ainda não tem documento casos com cura completa clinicamente e biológicamente, na maioria ocorrendo recidivas alguns meses ou anos depois do tratamento.

Profilaxia:

Medidas sanitárias:

Ø  No rompimento da cadeia epidemiológica
Ø  Controle de vetores
Ø  Eliminação de animais infectados
Ø  vacina em fase de teste, mas a imunidade ainda parece ser transitória.

Medidas gerais:

Ø  Proteção individual
Ø  Usar inseticidas e repelentes
Ø  Usar telas
Ø  Observar cães

Reservatórios:

Ø  Primário- animais silvestres que têm as leishimanias no corpo e convivem com os mosquitos. Ex: roedores selvagens, raposas, gambá etc.

Ø  Secundário- são animais domésticos. Ex: cão, ratos domésticos, eqüino, muares.

Hospedeiro:

Ø  Definitivos- os mamíferos silvestres.
Ø  Intermediários- os insetos hematófagos da subfamília Phlebotominae.
Ø  Acidental- considerado o homem.  

Período de incubação:

Em média de 10 dias a 3 meses.

Evolução:

O mosquito ao picar um animal infectado com o protozoário que transmite a doença, fornece em seu intestino um ambiente para o desenvolvimento da leishimania. Quando pica o homem ou outro animal, o mosquito inocula o parasita, e esses se multiplicam no local da picada originando uma lesão cutânea com um aspecto pápuloeritematoso, ulcerado, consistente, elevada e aumentando gradualmente chegando a atingir 10cm de diâmetro com as bordas bem elevadas e uma base granulosa que sangra facilmente. Em alguns casos ocorre  uma regressão espontânea, mas na maioria dos casos ocorre um período de latência de vários meses de duração até surgir as lesões cutâneas e mucosas características das doenças. 

Transmissão:

É transmitida pela picada de um inseto flobotomineo(mosquito) infectado.

Formas clínicas:

Forma cutânea, mucosa, cutânea-mucosa, difusa ou hansenóide(rara).

Sinais e sintomas:

Febre irregular por longo período, palidez e emagrecimento.

Diagnóstico:

Exame físico, clínico e laboratoriais, biópsia, testes de Montenegro, Elisa, sorológicos.

Tratamento:

A base de sulfas e fungicidas e drogas derivadas de antimonias pentavalentes.
Nas lesões extensas da orofaringe e faringe é indicado os corticósteroides injetáveis.
Cirurgias plásticas reparadora nas lesões faciais.

É uma doença que ainda não tem documento casos com cura completa clinicamente e biológicamente, na maioria ocorrendo recidivas alguns meses ou anos depois do tratamento.

Profilaxia:

Medidas sanitárias:

Ø  No rompimento da cadeia epidemiológica



Ø  Controle de vetores
Ø  Eliminação de animais infectados
Ø  vacina em fase de teste, mas a imunidade ainda parece ser transitória.

Medidas gerais:

Ø  Proteção individual
Ø  Usar inseticidas e repelentes
Ø  Usar telas
Ø  Observar cães domésticos
Ø   

FONTE

MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica, DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. GUIA DE BOLSO, 6ª edição revista Série B. Textos Básicos de Saúde, brasília / DF, 2006

REFERÊNCIA BIBLIOGR[AFICA

DE CARLI, G. A. Parasitologia Clínica: Seleção de Métodos e Técnicas de Laboratório para o Diagnóstico das Parasitoses Humanas. São Paulo: Atheneu, 2001.
CARRERA, M. Insetos de Interesse Médico e Veterinário. Curitiba: Editora da UFPR, 1991.
CIMERMANN, B.; FRANCO,M.A. Atlas de parasitologia. São Paulo: Atheneu, 2004.
COURA, J R. Dinâmica das Doenças Parasitárias. Rio de janeiro: Gunabara Koogan,2V. 2005.
GOULART, G. G.; COSTA LEITE, I. Moraes: Parasitologia e Micologia Humana. 2 ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 1978.
MARCONDES, C.B. Entomologia médica e veterinária. São Paulo: Atheneu, 2005.
NEVES, D. P. Parasitologia Dinâmica. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 2005.
NEVES, D. P. Parasitologia Humana. 11 ed. São Paulo: Atheneu, 2004.
PESSOA, S. B.; MARTINS, A. V. Parasitologia Médica. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.
REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
REY, L. Parasitologia. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
VALLADA, E.P. Manual de exame de fezes. São Paulo: Atheneu, 2004.

Bibliografia Complementar

BEAVER, P. C.; JUNG, R. C.; CUPP, E. W. Clinical Parasitology. Philadelphia: Lea & Febiger, 1984.
GARCIA, L. S.; BRÜCKNER, D. A. Diagnostic Medical Parasitology. 3 ed. Washington D. C.: ASM, 1997.
LEVENTHAL, R.; CHEADLE, R. Parasitologia Médica: Texto e Atlas. 4 ed. São Paulo: Editora Premier, 1997.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Procedimentos Laboratoriais em Parasitologia Médica. São Paulo: Editora Santos, 1994.
ZAMAN, V. Atlas Color de Parasitologia Clínica. 2 ed. Buenos Aires: Panamericana, 1988.


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