domingo, 28 de novembro de 2010

FARMÁCIA HOSPITALAR - PROGRAMAÇÃO DE MEDICAMENTOS

FARMÁCIA HOSPITALAR - PROGRAMAÇÃO DE MEDICAMENTOS



De acordo com a OPAS (1997), a programação de medicamentos pode ser definida como um processo mediante o qual se determina a necessidades de medicamentos para o atendimento da demanda por um determinado período a fim de atender a necessidade da Farmácia Hospitalar, estimando-se sempre o processo nos recursos financeiros disponíveis para o período. Algumas normas básicas devem ser levadas em consideração no processo de programação de medicamentos. Damos destaque a responsabilidade da Farmácia Hospitalar pela programação das necessidades de medicamentos, preferencialmente com a participação da Comissão de Farmácia e Terapêutica.

Entre os métodos mais conhecidos para a programação de medicamentos estão os métodos da “Curva ABC”, também conhecidos como curva de Pareto, que apresenta a sua lógica em função do valor de consumo do medicamento programado e o sistema “VEN”, que classifica os medicamentos como vitais, essenciais e não essenciais.

São várias as recomendações da OPAS/OMS (1997), para resolução da questão, tais como:

• Selecionar o período para o qual se calcula o consumo,
• Ajustar o consumo considerando perdas inevitáveis,
• Ajustar o consumo de modo a evitar o desabastecimento,
• Calcular o consumo de cada medicamento levando-se em consideração o consumo de cada clínica,
• Procurar chegar a um cálculo o mais aproximado possível das necessidades da Instituição;
• Utilizar dados relativos à morbidade e protocolos de tratamento estabelecidos no hospital principalmente para medicamentos que tenham administração constante,
• Calcular a quantidade de medicamentos a partir dos registros existentes no armazém, preferencialmente utilizando a curva de Pareto ou método similar.
• Realizar inventários de medicamentos no menor período possível (mensal, Trimestral, anual), sendo que neste caso a data mais adequada é a de 31 de dezembro. É aconselhável um acompanhamento constante dos produtos perdidos por prazo vencido ou por outras razões através de sistema paralelo.
• Calcular o consumo ajustado das necessidades de medicamentos de cada clínica (ambulatorial ou hospitalar) por pelo menos 30 dias.
• Calcular o consumo médio de cada medicamento discriminado por serviço e em alguns hospitais por consulta externa, estimando o consumo médio de cada medicamento discriminado por serviço.
• Procurar estabelecer estoque mínimo e máximo para cada produto.
• Calcular a demanda reprimida, principalmente se o período de desabastecimento ultrapassar 30 dias;

Portanto o processo de programação de medicamentos consiste em estimar corretamente as reais necessidades, levando em conta fatores característicos dos hospitais onde se trabalha tais como índices históricos de utilização de materiais e as projeções para índices futuros, as necessidades de cada medicamento e/ou germicida e/ou correlato bem como de sua(s) priorização(ões) e periodicidade com que se elabora a programação.

Para que essa programação seja racional, alguns indicadores precisam ser respeitados (OPAS/OMS, 1997):

• Existência de uma classificação que permita priorizar as necessidades de medicamentos;
• Existência de uma equipe formada para estimar as necessidades;
• Identificação dos medicamentos da lista básica considerada essenciais e aqueles considerados vitais;
• Percentagem de medicamentos da lista básica que se adquirem com o orçamento disponível.

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