quinta-feira, 10 de abril de 2014

ANTI - INFECTANTES - MEDICAMENTOS PARA O TRATAMENTO DO TRACOMA

ANTI - INFECTANTES - 
MEDICAMENTOS PARA O TRATAMENTO DO TRACOMA


MARCUS TOLENTINO SILVA

O tracoma é afecção inflamatória ocular, uma ceratoconjuntivite crônica recidivante que, em decorrência de infecções repetidas, produz cicatrizes na conjuntiva palpebral superior, que podem levar a formação de entrópio (pálpebra com a margem virada para dentro do olho) e triquíase (cílios em posição defeituosa nas bordas da pálpebra, tocando o globo ocular).

O atrito poderá ocasionar alterações da córnea, provocando graus variados de opacificação, que podem evolver para a redução da acuidade visual e ate a cegueira.

Alguns dados epidemiológicos apontam a endemicidade do tracoma em todo o território brasileiro.

A Organização Mundial da Saúde, por meio da estratégia SAFE – que dentre as ações inclui o uso de antibióticos –, coloca como meta a erradicação do tracoma ate 2020.

No que se refere ao tratamento do tracoma, provas apontam os prováveis benefícios de se lavar o rosto em associação ao uso topico da tetraciclina; e a incerteza na utilização de antibióticos orais e tópicos.

A antibioticoterapia e indicada para afetados com formas ativas do tracoma: inflamatório folicular e/ou inflamatório intenso.

                         AZITROMICINA


 Azitromicina é um macrolídeo que contem nitrogênio com ação e estrutura semelhante a eritromicina.

Provas decorrentes de grandes ensaios clínicos sugerem que sua administração no controle de regiões endêmicas pode ser uma estratégia de erradicação do tracoma.

TETRACICLINA



Tetraciclina é um antibacteriano bacteriostático de amplo espectro de atividade que pode ser usado em varias infecções.

As provas quanto ao tratamento no tracoma são mais consistentes quando a apresentação tópica esta associada a pratica de se lavar o rosto.

REFERÊNCIA

Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Ministério da Saúde,  Formulário Terapêutico Nacional (FTN)

BIBLIOGRAFIA

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de vigilância epidemiológica. 7. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.

2. BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças transmissíveis: tracoma. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.

3. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Trachoma control: a guide for programme managers. Genebra: WHO, 2006.

4. SOLOMON, A. W.; MABEY, D. C. W. Trachoma. BMJ Clin Evid., London, v. 12, p.706, 2007.

5. SWEETMAN, S. (Ed.). Martindale: the complete drug reference. [Database on the Internet]. Greenwood Village: Thomson Reuters (Healthcare) Inc. Updated periodically.

6. MELESE, M. et al. Comparison of annual and biannual mass antibiotic administration for elimination of infectious trachoma. J. Am. Med. Assoc.,Chicago, Il, v. 299, n. 7, p. 778-7784, 2008.

7. HOUSE, J. I. et al. Assessment of herd protection against trachoma due to repeated mass antibiotic distributions: a cluster-randomised trial. Lancet, London, v. 373, n. 9669, p. 1111-1118, 2009.


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