quarta-feira, 6 de março de 2013

PROTOZOOSES:AMEBÍASE

PROTOZOOSES:AMEBÍASE




PROTOZOÁRIOS:

São animais unicelulares, conhecem-se cerca de 30.000 espécies desses animais, os quais podem viver livremente ou estar associados a outros seres. Neste último caso, eles estabelecem com esses seres relações do tipo parasitismo, comensalismo e simbiose. São unicelulares formados por membrana, citoplasma e núcleo. Sua locomoção, é realizada por organelas especiais denominados pseudópodes, flagelos e cílios.

AMEBÍASE

A amebíase é uma infecção do intestino grosso causada pela Entamoeba histolytica, um parasita unicelular.

A Entamoeba histolytica existe sob duas formas durante o seu ciclo de vida: o parasita ativo (trofozoíto) e o parasita inativo (quisto).

Os trofozoítos vivem entre o conteúdo intestinal e alimentam-se de bactérias ou então da parede do intestino.

Quando a infecção se inicia, os trofozoítos podem causar diarreia, o que faz com que saiam para fora do corpo. Uma vez fora, os frágeis trofozoítos morrem.
Quando o doente não tem diarreia, costumam converter-se em quistos antes de abandonarem o intestino.

Os quistos são muito resistentes e podem disseminar-se quer diretamente de pessoa a pessoa, quer indiretamente através dos alimentos ou da água.

A transmissão direta ocorre através do contato com fezes infectadas.

É mais provável que a amebíase se propague entre os que vivem em asilos e têm uma higiene inapropriada do que entre aqueles que não vivem desse modo; também se torna mais provável o seu contágio por contato sexual, particularmente entre homossexuais masculinos, do que por um contato eventual ou fortuito.

A transmissão indireta dos quistos é mais frequente nas zonas com más condições sanitárias, como os campos de trabalho não permanentes.

As frutas e verduras podem contaminar-se quando crescem em terra fertilizada com adubo humano, são lavadas com água contaminada ou são preparadas por alguém que está infectado.

AMEBÍASE


Além das úlceras no cólon, as amebas podem causar abscesso em diferentes órgãos, dos quais o mais frequentemente afetado é o fígado.

SINTOMAS


Geralmente os infectados, em particular os que vivem em climas temperados, não apresentam sintomas. Em certos casos, os sintomas são tão ligeiros que quase passam despercebidos.

Podem consistir em diarreia e obstipação intermitentes, numa maior quantidade de gás (flatulência) e dores abdominais. O abdómen pode ser doloroso ao tato e é possível que as fezes contenham muco e sangue.

Pode haver escassa febre. Entre um ataque e outro, os sintomas diminuem até se limitarem a algias recorrentes e fezes líquidas ou muito moles. O emagrecimento (emaciação) e a anemia são muito frequentes.

Quando os trofozoítos invadem a parede intestinal, é possível que se forme um grande volume na mesma (ameboma) que pode obstruir o intestino e ser confundido com um cancro.

Por vezes, os trofozoítos originam uma perfuração intestinal. A libertação do conteúdo intestinal para dentro da cavidade abdominal causa uma grande dor na zona agora infectada (peritonite), o que requer atenção cirúrgica imediata.

A invasão por parte dos trofozoítos do apêndice e do intestino que o rodeia pode provocar uma forma leve de apendicite. Durante a cirurgia da apendicite podem espalhar-se por todo o abdômen.

Como consequência, a operação poderá ser atrasada de entre 48 a 72 horas com o objetivo de eliminar os trofozoítos mediante um tratamento com fármacos.

No fígado pode formar-se um abscesso cheio de trofozoítos. Os sintomas consistem em dor ou mal--estar na zona que se encontra acima do fígado, febre intermitente, suores, calafrios, náuseas, vómitos, fraqueza, perda de peso e, ocasionalmente, uma ligeira icterícia.

Em certos casos, os trofozoítos disseminam-se através da corrente sanguínea, causando infecção nos pulmões, no cérebro e noutros órgãos.
A pele também é, por vezes, infectada, especialmente em torno das nádegas e nos órgãos genitais, da mesma forma que as feridas causadas por cirurgia ou por lesões.

DIAGNÓSTICO


A amebíase diagnostica-se no laboratório examinando as fezes de um indivíduo infectado; para estabelecer o diagnóstico costuma ser necessário analisar entre 3 e 6 amostras.

Para observar o interior do reto e colher uma amostra de tecido de qualquer úlcera que se encontre, pode utilizar-se um retoscópio (tubo flexível de visualização).

Os doentes com um abscesso hepático têm quase sempre no sangue valores elevados de anticorpos contra o parasita.

Contudo, como esses anticorpos podem permanecer na corrente durante meses ou anos, o achado de valores elevados de anticorpos não indica necessariamente que exista um abscesso.

Em consequência, se o médico pensa que se formou um abscesso, pode prescrever um fármaco que elimine as amebas (um amebicida). Se o fármaco resultar eficazmente, dá-se por assente que o diagnóstico de amebíase era correto.

TRATAMENTO


Vários fármacos amebicidas que se ingerem por via oral (como o iodoquinol, a paromomicina e a diloxanida) eliminam os parasitas do intestino.

Para os casos graves e as infecções localizadas fora do intestino administra-se metronidazol ou desidroemetina. Voltam a examinar-se amostras de fezes ao cabo de 1, 3 e 6 meses após o tratamento para assegurar que o doente está curado.
Algumas amebas, como a Entamoeba histolytica, podem causar doenças no homem. Ela faz parte de um grupo maior de amebas, da família Endamoebidae, que são parasitas comuns da nossa espécie. Elas vivem no nosso aparelho digestivo ou infectam tecidos, são pequenas e têm a capacidade de formar cistos, que são uma forma resistente às condições desfavoráveis do ambiente.

A Entamoeba histolytica geralmente convive bem com nossa espécie, não causando problemas. Por isso ela é colocada no grupo das Endamoebas, que significa amebas interiores, geralmente encontradas no interior de animais vertebrados. Mas em determinadas condições ela se torna patogênica: começa a engolir ou fagocitar células do nosso organismo (como as hemácias), ou começa a invadir órgãos e tecidos, como o fígado ou o intestino. É só então que ela causa a doença.

A amebíase pode provocar de uma simples disenteria (diarreia) até o comprometimento de algum órgão ou tecido.
Ela ocorre em todo o mundo e geralmente está associada a condições econômica e de higiene precárias.

Por que? Pelo simples fato de que só se pega amebíase ingerindo cistos que contaminam a água e os alimentos. Mas como estes cistos vão parar na água, contaminando-a? Como parasita intestinal obrigatório do homem, só há um meio de fazê-lo: pelas fezes. Quando o saneamento básico e as condições de higiene das populações são precárias, a possibilidade de contaminação das águas por fezes humanas aumenta.

Esta mesma água poderá ser utilizada, rio abaixo, para a irrigação de hortaliças e frutas ou mesmo para o consumo humano direto. Você conseguiu visualizar o ciclo todo? Para piorar o quadro, os cistos que vão contaminar o ambiente ainda por cima são resistentes! Eles duram em média 30 dias na água, 12 dias em fezes frescas, 24 horas em pães e bolos e 20 horas em laticínios (produtos derivados do leite)!

Mas felizmente podemos quebrar esta cadeia de transmissão: basta que possamos assegurar condições mínimas de saneamento básico às populações e proporcionar a elas água tratada, já que o cloro adicionado nas estações de tratamento mata os cistos desta e de outras amebas.

Além disso, devemos possuir, em nosso ambiente, hábitos de higiene como:

Lavar bem as mãos antes e após as refeições;

Lavar bem frutas e hortaliças e deixá-las de molho em uma solução de água com água sanitária (1 colher de sopa de água sanitária de boa qualidade para cada litro de água);

Ferver (por pelo menos 20 minutos) e filtrar águas de poço ou rios antes de bebê-las;

Evitar o contato direto e indireto com fezes humanas (use luvas!).

No caso de uma infecção já adquirida, existe tratamento eficiente com antibióticos, que custam caro e provocam efeitos colaterais como vertigens ou erupções da pele. Por isso, o melhor mesmo é prevenir a infecção!

Existem também outras amebas que parasitam o homem, mas que convivem normalmente sem causar doença como Endolimax nana e Iodameba butschlii.
Algumas espécies de vida livre podem, eventualmente, ser patogênicas para o homem como as amebas dos gêneros Hartmannella, Acanthameba e Naegleria, produzindo casos de infecção das meninges (meningoencefalite humana) e podendo levar à morte ou produzindo lesões da córnea (camada protetora dos olhos).
Fonte: www.invivo.fiocruz.br

INTRODUÇÃO

As parasitoses intestinais representam inúmeros e grandes problemas médico-sanitários a sociedade em geral, pela freqüência com que ocorrem e, especialmente, pela possibilidade, às vezes, de incapacitarem os indivíduos atingidos, ou mesmo leva-los a óbito.
Tal situação é bastante conhecida em nosso país onde as inter-relações entre o agente da doença, o hospedeiro e os fatores ambientais e socioeconômicos contribuem para a disseminação de doenças.

Assim os grupos sociais economicamente privilegiados são pouco sujeitos a certos tipos de doenças cuja incidência é acintosamente elevada nos grupos economicamente desprivilegiados. Neste trabalho procura-se dar ênfase as amebas de um modo geral, detalhando suas características principais, seus habitas, ciclo biológico e em especial a patogenia que pode ser causada por determinadas espécies. É de grande valia ressaltar que o mesmo estar direcionado as amebas que de uma forma ou de outra podem parasitar o homem.

AMEBA

Protozoário, rizópode, da ordem dos amebinos, gêneros Amoeba Ehremb., Endamoeba Leidye outros. Locomove-se e alimenta-se por meio de pseudópodes.
As amebas são de vida livre,comensais ou parasitas.

Amebas de Parasitismo Obrigatório

CLASSIFICAÇÃO

Segundo o Comitê de Sistemática da Sociedade Internacional de Protozoologia, as amebas intestinais são:
Sub-reino Protozoa, Philum Sarcomastigophora, Subphilum Sarcodina, Superclasse Rhizopoda, Classe Lobozia, Ordem Aemoebida, Família Entamoebida e Gêneros
Entamoeba, Iodamoeba, Endolimax. O Gênero Dientamoeba, que antes pertencia à família Entamoebidae, hoje pertence à família Dientamoebidae.

Dentre estes destacaremos o gênero Entamoeba, por se tratar do mais comum e possuir espécies patogênicas. Este gênero é classificado de acordo com o número de núcleos dos cistos maduros ou pelo desconhecimento de cistos.

Estão descritos abaixo a espécies que podem ser encontradas no homem:
Entamoeba gingivalis
Não possui ou não são conhecidos os cistos.

Entamoeba polecki
Cisto com 1 núcleo;
Entamoeba histolytica, Entamoeba díspar, Entamoeba hartmani – Cistos com 4 núcleos;

Entamoeba coli
Cistos com 8 núcleos;
Dentre essas somente a Entamoeba histolytica é patogênica para o homem e a Entamoeba gingivalis é a única que não vive no intestino grosso do homem.

MORFOLOGIA

Há grande semelhança as espécies, por isso a distinção é dificultada, principalmente no trofozóito a fresco, por tanto para um diagnostico diferencial preciso, se faz necessário a analise de vários exemplares e várias estruturas.
Assim são distintas de acordo com:
Número e forma das inclusões citoplasmáticas
Tamanho do trofozóito e do cisto
Número de núcleos no cisto

ENTAMOEBA HISTOLYTICA

Trofozóito de 20 a 40mm podendo chegar a 60 mm na forma invasiva
Possui endo e ectocitoplasma
Geralmente um só núcleo
A fresco: pleomórfico, ativo, alongado, com emissão continua a rápida de pseudopodes
Pré-cisto, oval e ligeiramente arredondado e menor que o trofozóito
Cisto de 8 a 20 mm de diâmetro
Metacisto, multinucleado onde depois de divisões da origem ao trofozóito
Cariossoma pequeno e no centro do núcleo.

ENTAMOEBA COLI

Trofozoíto de 20 a 50 mm
Citoplasma não diferenciado em endo e ectocitoplasma
Núcleo de cromatina irregular e grosseira
Cariossoma grande e excêntrico
Corpos cromatóides finos

ENTAMOEBA GINGIVALIS

Trofozóito de 5 a 35 mm
Comum no tártaro dentário e processos inflamatórios da gengiva
Transmissão ocorre pelo contato direto (beijo)
Não patogênica

ENTAMOEBA HARTMANNI

Trofozóitos de 7 a 12mm
Cisto de 5 a 10 mm de diâmetro
Citoplasma diferenciado
A estrutura nuclear, freqüentemente semelhante a E. histolytica
Vive como comensal na luz do intestino grosso.

IODAMOEBA BUTSCHLII

De 10 a 15 mm, cisto ou trofozóito
Não apresenta cromatina periférica
Cariossoma grande e central
Um só núcleo no cisto.

ENDOLIMAX NANA

Trofozóito de 10 a 12 mm é a menor das amebas que vivem no homem
Cisto oval de 8mm
Membrana celular fina e sem grãos de cromatina

DIENTAMOEBA FRAGILIS

Trofozóito de 8 a 22 mm, com dois núcleos
Não possui cistos
Cromatina se condensa em 4 a 6 grânulos.
Para alguns indivíduos apresenta-se não patogênica.

CICLO BIOLÓGICO

Trofozóito – Pré-cisto – Cisto – Metacisto.

Em sequencia, ocorrem a partir da ingestão dos cistos maduros, estes passam pelo estômago e resistem a ação do sulco gástrico daí vão para o intestino grosso onde ocorre o desencistamento, surge o metacisto que sofre sucessivas divisões do núcleo e do citoplama, dando origem a 4 e depois 8 trofozóitos metacísticos.
Estes trofozóitos colonizam-se no intestino grosso vivendo como comensais.

CICLO PATOGÊNICO

Se houver desequilíbrio parasito-hospedeiro os trofozóitos invadem a submucosa intestinal, multiplicando-se de forma ativa no interior das ulceras. Podem chegar a entrar na corrente sangüínea e atingir outros órgãos como fígado, pulmão, rim, cérebro ou pele, esta infestação é caracterizada como amebíase extra-intestinal.

TRANSMISSÃO

Ocorre com a ingestão de cistos maduros, encontrados na água não tratada, em frutas contaminadas mal lavadas e qualquer outro utensílio levado a boca, que esteja contaminado pelo cisto. Há uma outra possibilidade onde insetos serviriam como pontes e levariam as amebas para alimentos e outro.

PATOGENIA E VIRULÊNCIA

Para o homem, como dito antes, só a Entamoeba histolytica causa patogenia, a infecção é de amebíase, esta com ou sem manifestação clínica. A infecção dar-se com a invasão dos trofozóitos nos tecidos do hospedeiro. Há diferentes virulências e grande variedade de potencial patogênico.
A virulência esta diretamente ligada a fatores do hospedeiro como: resposta imune, idade, peso, resistência, sexo, estado nutricional, dentre outros.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS


Pelos dados do Comitê de Peritos da OMS, em 1969, estas manifestações são de classificação difícil e arbitrária:

 Formas assintomáticas
 Formas sintomáticas

 AMEBÍASE INTESTINAL:

a) disentérica
b) colites não disentéricas
c) amebomas
d) apendicite amebiana. Complicações e seqüelas da amebíase intestinal: perfurações, peritonite, hemorragia, invaginação, colites pós-disentericas e estenoses.
 Amebíase extra-intestinal

AMEBÍASE HEPÁTICA:

a) aguda não supurativa
b) abscesso hepático ou necrose coliquativa.
 Amebíase cutânea
 Amebíase em outros órgãos: pulmão, cérebro, baço, rim e etc.

INFECÇÃO ASSINTOMÁTICA

Quase 90% dos casos são assintomáticos e a infecção é detectada pelo encontro de cistos no exame de fezes.

INFECÇÃO SINTOMÁTICA

É detectada uma colite disentérica que se manifesta de 2 a 4 evacuações, diarreicas ou não, por dia, com fezes pastosas ou moles, podendo conter sangue ou mucos. Cólicas e desconforto abdominal podem surgir e dificilmente febre. Esta infecção é caracterizada por alternância entre períodos silenciosos e manifestação clínica.

DIAGNÓSTICO

CLÍNICO

Os sintomas são comuns a outros tipos de doenças portanto é incerto. Na grande maioria dos casso, especialmente na fase aguda, a amebíase pode ser facilmente confundida como disenteria bacilar, salmoneloses, síndrome de cólon irritado e esquistossomose.

LABORATORIAL

É mais preciso e tem o objetivo de encontra cisto e/ou trofozóitos nas fezes, este pode ser a fresco, direto ou indireto. Outros exames como o de soro e exsudatos podem determinar a infecção por E. histolytica.

IMUNOLÓGICO

Frequentemente é mais usado para o diagnostico da amebíase extra-intestinal. Os métodos mais usados são: ELISA, imunofluorescência indireta, hemaglutinação indireta, contra-imunoeletrofores. Estes métodos consistem na obtenção de antígenos mais puros, sensíveis.

EPIDIMIOLOGIA

Cerca de 10% da população mundial infectada por Entamoeba histolytica apresentam formas invasoras do parasito.
Entretanto o índice de incidência dos casos de infecção é muito variado, isto devido a inúmeros fatores como: condições socioeconômicas e outras.
No Brasil a região amazônica tem o maior índice de casos patogênicos. No entanto o estes não apresentam tamanha gravidade que se verifica no México, e em alguns países da África e Ásia.
Entretanto alguns aspectos são comuns entre os países, no que se diz respeito a amebíase:
A E. histolytica não causa epidemia
A contaminação dar-se por ingestão de cistos nos alimentos e água contaminados
Maior freqüência de casos nos adultos
Os cistos permanecem viáveis (ao abrigo da luz solar e em condições de umidade) durante cerca de 20 dias.

PROFILAXIA

Está em torno da educação sanitária, onde simples medidas podem pelo menos amenizar a contaminação. Outra forma seria estimular a população para fazer exames preventivos, com fins de identificar os casos assintomáticos e trata-los, evitando assim a transmissão dos parasitos. Uma vacina tem sido testada, os experimento, ainda feitos em animais, mas ainda se esta longe da perfeição.

TRATAMENTO

São três grupos de medicamentos:

I. Amebicidas
Que atuam na luz intestinal, tendo ação direta e por contato sobre a E.histolytica aderida na luz intestinal. Os medicamentos são:derivados da quinoleína, paramomicina e eritromicina, furoato de diloxamina, cloroibetamida, clorofenoxamida e etofamida;

II. Amebicidas tissulares
Atuam na parede intestinal e no fígado; são compostos de cloridato de emetina, cloridrato diidroemetina e cloroquina, sendo esta ultima atuante apenas no fígado;

III. Amebicidas
Que atuam tanto na luz intestinal quanto nos tecidos, antibióticos são usados de forma isolada ou na maioria das vezes em combinação com outros amebicidas: tetraciclinas e derivados, clorotetraciclina e oxitetraciclinas; eritromicina, espiramicina e paramomicina.

AMEBAS DE VIDA LIVRE

Das dezenas de espécies de amebas de vida livre existentes, poucas são as que podem atingir o homem:

a) Família Schizopyrenidae
De seus 14 gêneros, massó a Naegleria fowleri é patogênica;
b) Família Hartmanellidae

Com 23 gêneros, dentre eles o Acanthamoeba apresentando 8 espécies: A. cullbertsoni, A. castellanii, A. polyphaga, A. royreba, A. astrontyxis, A. hatchetti, A. rhysodes e A. palestinensis.
c) Balamuthia mandrilaris, Valkampfia sp e Hartmanella sp
Não há comprovação de patogenia.

BIOLOGIA E PATOGENIA

São encontradas, na sua maioria, no solo e nas águas dos rios e lagos. Seus trofozoítos são ativos e alimentam-se de bactérias, desenvolvendo-se por divisão binária simples. Os cistos são encontrados no solo seco ou na poeira, desenvolvendo-se em ambientes úmidos, principalmente na presença de Escherichia e outras bactérias.

Em alguns casos estas amebas de vida livre podem causar: Meningoencefalite, encefalite granulomatosa e ceratite (úlcera de córnea), variando muito de acordo com a espécie.

DIAGNÓSTICO CLÍNICO

Difícil, devido o seu inicio confunde-se com uma rinite inespecífica, mas que pode levar rapidamente a falência do individuo, isto faz com que a maioria dos casos o diagnóstico é feito por post-mortem.

LABORATORIAL

É feito com o exame direto a fresco ou corado por hematoxilina férrica, giemsa ou gram, do órgão afetado, podendo ser feito cultura do material que foi coletado.
O imunodiagnóstico ainda não é eficaz, porém a imunoeletroforese, a imunofluorescência, a imunodifusão em gel e o imunoblot têm sido úteis na identificação dos casos e das espécies de Naegleria.

TERAPÊUTICA

É grande a variedade de drogas testadas, mas ainda não se encontrou medicação realmente eficiente para o combate das manifestações parasitórias.
Alguns medicamentos que apresentaram resultados foram: afotericina B, o miconazol e a rifampicina.

Conclusão

Estes parasitas estão sempre associados a locais sujos, como os esgotos, córregos, lagoas e riachos contaminados, pois esses podem acumular grande quantidade de dejetos e fezes eliminados por pessoas enfermas, bem como o lixo que costuma atrair numerosos insetos e roedores, o que facilita a proliferação desses parasitas. Mesmo com medida profiláticas eficazes, será muito difícil, ou até impossível, extinguir as amebas de um modo geral, em especial a E. histolytica, do cotidiano humano. Mas, contudo é questão nossa, como cidadãos e principalmente como membros da área de saúde, não medir esforços para o melhoramento das condições de profilaxia e tratamento em particular da amebíase.
Abraão Ribeiro Barbosa

BIBLIOGRAFIA

Neves, David Pereira. Parasitologia Humana. 10 ed. São Paulo: Ed. Atheneu, 200; 114 a 127 pg. Fonte: www.bioatividade.hpg.ig.com.br
 FONTE
MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica, DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. GUIA DE BOLSO, 6ª edição revista Série B. Textos Básicos de Saúde, brasília / DF, 2006

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