sexta-feira, 19 de junho de 2015

A FARMÁCIA HOSPITALAR: UMA VISÃO GERAL E ESTRATÉGICA CAPÍTULO IV

A FARMÁCIA HOSPITALAR: UMA VISÃO GERAL E ESTRATÉGICA CAPÍTULO IV


PROF. PAULO ROBERTO COELHO WILKEN



CAPÍTULO IV

11 - DISTRIBUIÇÃO E DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS

11-1 - CONCEITUAÇÃO

 A dispensação de medicamentos é o ato farmacêutico associado a entrega e distribuição dos medicamentos, mediante análise prévia das prescrições médicas, de modo a oferecer informações de sua boa utilização, bem como da preparação das doses que se devem administrar aos pacientes tomando-se todos os cuidados
necessários para evitar erros de medicação.

11.2 - ERROS DE MEDICAÇÃO (SEGUNDO SAFREN & CHAPANIS, 1960)

A. PACIENTE ERRADO
B. DOSE MAL CALCULADA
C. DOSE NÃO PRESCRITA
D. DOSE OMITIDA
E. MEDICAMENTO ERRADO
F. HORA DE ADMINISTRAÇÃO INADEQUADA
G. VIA DE ADMINISTRAÇÃO INCORRETA

11.3 RECOMENDAÇÕES

Da análise destes sete tipos de erros recomenda-se a atuação nos seguintes campos:

1) Necessidade de estabelecer comunicações escritas em lugar da verbal;
2) Estabelecimento de normas sobre preparação e administração de medicamentos;
3) Criação de um adequado ambiente de trabalho dirigido a consecução dos fins e objetivos propostos.


11.4 MÉTODOS DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS

A -SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO COLETIVA OU SETORIAL

Consiste em que as enfermarias ou clínicas disponham de depósitos de medicamentos, sendo os mesmos controlados pelo pessoal de enfermagem, e do qual são retirados os medicamentos que se fazem necessários para administração nos pacientes.

COMO FUNCIONA

v  .Médico: prescreve;
v  .Enfermagem: faz a previsão de necessidades, geralmente com periodicidade semanal;
v  .Farmácia: separa a medicação por clínica e envia.

VANTAGENS

v  .Barato

 DESVANTAGENS

v  Acúmulo de medicamentos nas unidades de enfermaria com risco de perda
de suas validades e má conservação dos mesmos;
v  Risco de perdas e desvios de medicamentos;
v  Risco de falta de racionalidade na distribuição de medicamentos nos
diversos sub estoques que se formam no Hospital;
v  A reposição dos medicamentos se faz segundo critérios de variáveis e
instáveis;
v  Possibilidade de erros de transcrição por parte do profissional responsável
pela requisição;
v  Impossibilidade de se conhecer a relação de medicamentos que recebem os
pacientes;
v  O farmacêutico não interpreta a prescrição médica;
v  Difícil integração do farmacêutico com a equipe;
v  Não existe nenhum controle da correta administração do medicamento;
v  Sistema caro, em última análise, dificulta a correta apuração dos custos e do que está sendo administrado a cada paciente.

B - MÉTODO DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS POR DOSES INDIVIDUALIZADAS

Consiste no atendimento individualizado das prescrições, no qual a medicação é fornecida por um período, em geral, de 24 horas.

COMO FUNCIONA

v  . Médico: prescreve;
v  . Enfermagem: encaminha as prescrições `a farmácia;
v  . Farmácia: separa a medicação por paciente, para cada período, em geral de 24 horas e envia.

VANTAGENS

v  . Diminui os erros de medicação;
v  . Diminui os estoques setoriais, melhorando a conservação de medicamentos;
v  . Diminui as perdas e desvios;
v  . Melhora a integração da farmácia com a equipe de saúde.

DESVANTAGENS

v  Ainda há possibilidade de erros de administração em relação ao horário e à dose;
v  Ainda há possibilidade de desvios de medicação pois, dependendo do sistema de estocagem na área de internação, depois de violado pela primeira vez o pacote com a medicação perde a identificação do paciente.

C – SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO POR DOSE UNITÁRIA

Sistema que atualmente é considerado o melhor, consiste em dispensar, a partir da interpretação da ordem médica por parte do farmacêutico, as doses de medicamentos necessárias para cada paciente, previamente preparadas para que cubram um período determinado.

VANTAGENS

v  .A farmácia interpreta a cópia da ordem médica;
v  . Prepara-se as doses exatas de cada medicamento para cada enfermo;
v  . Diminuem o número de erros de medicação;
v  . A enfermagem se sente apoiada pelo Serviço de Farmácia e pode dedicar mais tempo aos enfermos;
v  . O farmacêutico se integra na equipe assistencial conseguindo desta forma a possibilidade de incidir  na racionalização do uso dos medicamentos;
v  . Maior conhecimento do custo da medicação por enfermo;
v  . Aumenta a segurança e qualidade do paciente.

DESVANTAGENS

v  Maior custo do Serviço de Farmácia;
v  Aumento dos recursos humanos da Farmácia;
v  Necessidade de frascos apropriados para o envase e distribuição.

ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO

v  .Estudos prévios (gasto atual, condições de estocagem nas enfermarias, estornos, fluxos e formulários, espaço físico da farmácia)
v  . Fase de convencimento;
v  . Organização do serviço de farmácia (compra de material, mobiliário, treinamento de pessoal);
v  . Seleção de unidade piloto;
v  . Avaliação da fase piloto
v  . Elaboração de normas de funcionamento (Cronograma de atendimento, reenvase).

FRACIONAMENTO

v  Cada embalagem deve conter uma quantidade de medicamento para ser tomada em uma só vez;
v  . Proporcionar uma adequada proteção do conteúdo junto aos agentes ambientais;
v  . Permitir uma fácil e completa identificação;
v  . Permitir ser administrado diretamente do envase sem necessidade de nenhuma manipulação

FUNCIONAMENTO DO SISTEMA

MÉDICO

v  Faz a evolução do paciente e prescreve

ENFERMEIRO

v  Prepara plano de cuidados, prescrição de enfermagem e atribui horário aos procedimentos.

TÉCNICO DE FARMÁCIA

v  Recolhe as prescrições
v  Entrega a medicação e recolhe as sobras do dia anterior
v  Verifica os estoques das medicações de urgência e faz a reposição setorial
v  Separa a medicação de cada paciente e prepara as fitas individuais identificadas

FARMACÊUTICO

v  Realiza o cálculo da quantidade de cada medicamento
v  Revê as prescrições e as medicações identificando os eventuais problemas (interação, incompatibilidade, dose, etc.)
v  Realiza a conferência da medicação
v  Verifica outras questões relacionadas a administração da medicação (erros de identificação do paciente, horário, quantidade, etc.)

D - MOBILIÁRIO PARA ÁREA DE PREPARAÇÃO DE MEDICAMENTOS PELO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO POR DOSE UNITÁRIA

TIPOS DE ESTAÇÕES DE TRABALHO ABERTAS

v  Estação de trabalho aberta, composta de bancada modular, adaptável a qualquer espaço disponível.
v  Possuí gavetas para armazenamento de medicamentos, armário para psicofármacos, iluminação e calhas com tomadas.

CARRO PARA DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS POR DOSES UNITÁRIAS,

Ideal para acomodação de diversos tipos de medicamentos de fácil locomoção ajustando-se perfeitamente a farmácia hospitalar ou ao posto de enfermagem.

TIPOS DE ESTAÇÕES DE TRABALHO FECHADAS

v  Composta de armário fechado para dispensários em farmácias hospitalares e postos de saúde.
v  Possuí gavetas para armazenamento de medicamentos, bandejas e armário para psicofármacos, iluminação e calhas com tomadas.

TIPOS DE CARROS PARA A LOCOMOÇÃO DE MEDICAMENTOS:

1.Carro fechado
2.Carro aberto
3.Carro de medicação
4.Carro eletrônico

CARRO DE MEDICAÇÃO ELETRÔNICO:

 Garante excelente controle nos erros de medicamentos e a eliminação de selagem
na farmácia, sua configuração básica permite armazenar 20 tipos de medicamentos, cadastro de 99 doses unitárias, possuindo acionamento eletrônico, podendo ser utilizado por 13 usuários (1 por vez) com senhas, e 2 usuário “ Master” (acesso total) em operação off –line . Possuí leitor óptico e permite a alteração de medicamentos via teclado ou via PC. Software de configuração (mínimo processador 386 ). Código de barra padrão UPC-A ou EAN128. Possibilidade de operação com prescrição eletrônica

DISPENSÁRIO DE MEDICAÇÃO ELETRÔNICO:

Garante excelente controle nos erros de medicamentos e a eliminação de selagem
na farmácia, sua configuração básica permite armazenar 200 tipos de medicamentos, cadastro de 999 doses unitárias, possuindo acionamento eletrônico, podendo ser utilizado por 13 usuários (1 por vez) com senhas, e 2 usuário “ Master” (acesso total) em operação off –line . Possuí leitor óptico e permite a alteração de medicamentos via teclado ou via PC. Software de configuração (mínimo processador 386 ). Código de barra padrão UPC-A ou EAN128. Possibilidade de operação com prescrição eletrônica.

OUTROS TIPOS DE CARRINHO DE MEDICAÇÃO

EMPACOTADORA DE LÍQUIDOS

EMPACOTADORA DE COMPRIMIDOS

DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS

PROBLEMAS MAIS COMUNS NO PROCESSO DE DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Influenciado por fatores dentro e fora dos programas de saúde pública; os problemas mais comuns incluem:

v  Embalagem e rotulagem inadequadas:
v  .As embalagens podem ser inadequadas para o meio ambiente,
v  .As etiquetas podem ser ilegíveis para o consumidor,
v  .A quantidade incompatível com o tratamento,
v  .Práticas inapropriadas na dispensação:
v  Identificação inadequada do produto,
v  Falta de orientação ao paciente quanto ao uso dos medicamentos;
v  .Prescrição indiscriminada:
v  Sobre ou sub uso de produtos demandam atividades logísticas desnecessárias;
v  .O não cumprimento do tratamento devido, a instrução, quantidades inadequadas e horários pouco realistas de dosificação.

FARMÁCIA HOSPITALAR ATIVIDADES COMPLEMENTARES

v  •Estudos de utilização, revisão de uso de medicamentos;
v  •Colaboração em programas de nutrição e dietética preparação de nutrição parenteral;
v  •Participação no desenho de protocolos de diagnóstico e tratamento;
v  •Participação no estudo da farmacocinética clínica;
v  •Participação em programas de garantia de qualidade;
v  •Participação em programas de farmacovigilância.
v  •Participação nos estudos de farmacoeconomia

LISTA DA LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

1 - Aprova o Plano da Farmácia Hospitalar, procedendo à revisão do Plano aprovado
pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 105/2000, de 11 de Agosto.
Resolução de Conselho de Ministros n.º 128/2002, de 25 de Setembro

2 - Transpõe para a ordem jurídica nacional a Directiva Europeia sobre Ensaios Clínicos,Directiva n.º 2001/20/CE.
Lei n.º 46/2004, de 19 de Agosto

2 - Regulamento geral da Farmácia Hospitalar.
Decreto-Lei n.º 44 204, de 2 de Fevereiro de 1962

4 - Dispensa de medicamentos pela farmácia hospitalar por razões objectivas.
Decreto-Lei n.º 206/2000, de 1 de Setembro

5- Regime jurídico do tráfico e consumo de estupefacientes.
Decreto-Lei n.º 15/93, de 22 de Janeiro e sua alteração pela Lei n.º 45/96, de
3 Setembro

6 - Regulamenta o Decreto-lei n.º 15/93.
Decreto – Regulamentar n.º 61/94, de 12 de Outubro

7 - Regulamento do Sistema Nacional de Farmacovigilância.
Decreto-Lei n.º 242/2002, de 5 de Novembro

8 - Regime jurídico a que devem obedecer a preparação e a dispensa de medicamentos manipulados.
Decreto-Lei n.º 95/2004 de 22 de Abril
9 - Distribuição de Medicamentos Hospitalares.
Portarias e Despachos de “Acesso aos medicamentos unicamente de distribuição hospitalar ou com participação a 100 % no hospital”.

10 - Armazenamento de Produtos Inflamáveis.
Portaria n.º 53/71 de 3 de Fevereiro

11- Guia para o bom fabrico de medicamentos.
Portaria n.º 42/92, de 23 de Janeiro

12 - Aprova as boas práticas a observar na preparação de medicamentos manipulados em farmácia de oficina e hospitalar.
Portaria n.º 594/2004 de 2 de Junho

13 - Distribuição de medicamentos hospitalares em sistema unidose.
Despacho Conjunto dos Gabinetes dos Secretários de Estado, Adjunto do
Ministro da Saúde e da Saúde, de 30 de Dezembro de 1991

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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